Relatório de "Dançando com árvores"
A intervenção
começou por volta das 16h30. A priori, tinhamos combinado de dançar com as
árvores em frente à casa da Industria, mas acabamos optando por árvores mais
expostas na altura da antiga Cofal. O trânsito já estava começando a apertar, o
movimento era intenso na Av. Fernandes Lima. Conversamos e nos ditribuimos em
três árvores separadas.
Fomos nos
alongando, cada um perto de sua árvore. De repente, já estávamos envolvidos com
a dança poética. Onde eu estava, tinham umas cinco árvores. Estabeleci relação
com três delas. Como as árvores eram altas e não tinham galhos baixos,
investiguei ritmos e níveis, contato e possíveis partituras que surgiam da
investigação e do trânsito entre as três árvores.
Elas ficavam
viradas para os dois sentidos (subida e descida), assim, propus movimentos que
contemplavam ambos os lados. Durante a execução, sentia que estava sendo vista
por todo o mundo.
Algumas pessoas
saíram de suas lojas para ver o que acontecia de extracotidiano no canteiro da
avenida. Carros buzinavam, as pessoas olhavam curiosas de edentro dos ônibus,
os transeuntes paravam para ver e, até os motoristas dos carros, desaceleravam
os carros. Não ouvi comentários negativos nem positivos. Busquei perceber como
as pessoas recebiam a ação.
Larissa Lisboa
nos acompanhou fotografando a intervenção e não ouviu muitos comentários
também.
Jonatha estava
com dores na lombar, por isso a intervenção durou apenas 20 minutos. Saí com a
sensação que poderia ter investigado mais, com mais vontade de dançar. Os
bloqueios do início se transformaram em desejo de experimentação.
Por Joelle Malta
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