segunda-feira, 3 de novembro de 2008

JORNADA DE INTERVENÇÕES

APRESENTAÇÃO
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O Mês das Intervenções é uma iniciativa da Cia. do Chapéu que consiste na realização de intervenções cênicas e urbanas, durante os 30 dias do mês de novembro, na cidade de Maceió, cujas ruas, praças, praia, paradas de ônibus e centros comerciais serão tomados por obras artísticas diferenciadas da produção pensada para espaços específicos como teatros ou museus, por possuírem um caráter duvidoso do que se denomina Arte e porque não se pretendem ser reconhecidas por sua forma, mas exatamente pelo que discutem. São ações extra cotidianas, objetos produzidos para determinados espaços da cidade, danças, poesias, músicas, postas no espaço público urbano, resignificando-o e instigando o envolvimento do público enquanto elemento constituinte da obra.
A primeira edição desse projeto ocorreu em 2007 e, para 2008, a Cia. do Chapéu decidiu envolver outros artistas e interessados na linguagem a participarem como colaboradores/realizadores das intervenções, ampliando a rede de discussão sobre o papel da Arte Contemporânea e abrindo um espaço para o intercâmbio artístico e para uma produção coletiva impactante.



OBJETIVOS
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Ocupar os mais diversos pontos de Maceió (ruas, praças, paradas de ônibus, centros comerciais, ônibus coletivos...), no mês de novembro, com intervenções cênicas e urbanas.

Discutir e refletir sobre o papel da Arte na sociedade contemporânea e sobre a relação Arte x Urbanidade

Compartilhar com artistas de outros grupos e linguagens os processos de idealização e realização das intervenções.

Produzir um diário de bordo descritivo sobre as intervenções como forma de registro da ação.

Firmar parcerias com outros artistas e instituições que apóiem a produção artística local.

Utilizar a linguagem das intervenções para questionar o cidadão anônimo na sua individualidade e no coletivo.



JUSTIFICATIVA
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O que motiva a realização desse projeto é a possibilidade de discutirmos de uma maneira pouco experenciada pelos artistas atuantes em Alagoas, o papel da arte contemporânea, seu espaço de ocupação e sua relação com o público. Para tanto utilizamos da linguagem das intervenções cênicas e urbanas por elas estabelecerem uma relação direta com a cidade, com o espaço que ocupamos diariamente e que, justamente por isso, se torna tão comum, tão banal, que se perde entre nossos sentidos, entre nossa capacidade de estranhar, de resignificar o que já está posto.
O Mês das Intervenções é uma ação iniciada em 2007, a princípio com o propósito de uma investigação particular da Cia. do Chapéu, mas que hoje ganha um perfil outro, o de mobilizar a classe artística alagoana num movimento que tome a cidade com obras de arte diversas, chegando mais próximo do público, exigindo dele uma posição menos contemplativa e mais participativa.
Uma vez que em Alagoas o objeto artístico é ainda pensado para espaços específicos, como teatro, salas de cinema e museus, a Cia. do Chapéu se propõe repensar o espaço da arte, ocupando, muitas vezes de forma fortuita e quase imperceptível, ruas, paradas de ônibus, praças, praias, ônibus coletivos, com ações extra-cotidianas, objetos artísticos, poesia, música, dança, que provoquem um estranhamento em quem esteja presente ou passando e o possibilite também compor essa manifestação, sendo elemento essencial na realização da mesma.
Nos propomos a essa experiência por acreditarmos no potencial criativo dos artistas alagoanos e dos não alagoanos residentes em nosso Estado, por acreditarmos no poder da criação artística coletiva como transformadora de pensamentos e posicionamentos diante da vida e, finalmente, por acreditarmos que a Arte produzida em Alagoas é antes de mais nada uma Arte produzida no mundo.



CRONOGRAMA DE AÇÃO
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1. Convocação dos artistas e interessados para apresentação da proposta e definição dos participantes.
2. Definição das intervenções a serem realizadas com seus respectivos interatores e equipe de apoio.
3. Realização das intervenções.
4. Elaboração e discussão dos relatórios sobre as intervenções.
5. Elaboração do diário de bordo do projeto.
6. Avaliação do projeto.

Por: Thiago Sampaio

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